quinta-feira, 21 de junho de 2012

Chuva #2

Junto ao cinza dessa noite chuvosa
Triste para os amantes,
Luz ao fundo das ruas vazias
Regadas pelas águas de junho.
 
Ao toque solitário do violão
No escuro desse tempo sem luar
O caminho longo a percorrer nesse curto espaço
Limiar da morte desse amor.
 
Nutrindo o que o coração enche pelo contrário
E mais um erro definitivo peculiar reservo
O salgar na face que desce
Junto ao toque doce da nota.
 
Desejos recentes, do sentimento antigo.
Dos não alcançados.
Discutido há anos o que seria certo.
Ainda a de sofrer, aflige.
O tom das letras criadas pelo ermo da vazia paixão.
(R.Carlos)