segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Água e Fogo

Não permiti minhas falhas
Expus a sua e a quebrei em pequenos fragmentos
Apenas para comparar e partilhar.

Então peguei a sua ira
Que vem no mesmo caminho do seu amor
Com pouca intensidade, verdadeiro.
Porém significante para você.

O comparei com meu amor
Alimentado pelo seu
Com pouca intensidade, verdadeiro.
E pouco para mim.

Diante das diferenças
O embalei e guardei ao seu lado no coração
E o revidei com amor, mais forte, com intensidade
Em volta da labéu partilhado por você.

Como a água e o fogo
Emergindo a árdua infâmia
E a linha se perde com a faísca
Daí mais uma vez a fonte seca.

Opostos
Tão diferentes que permitem se tocar
Não garanto que será para sempre
Servindo até a troca, o fim.
(R.Carlos)

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Sobre o Amor

Quando falei sobre o amor
Não foi para lhe permitir a indiferença
Nem tirar a liberdade
Tão pouco impor razões.
 
O pouco desse sentimento emitido
Nem sempre foi para escutar
Também para ver, sentir, mostrar...
Respeitar, compartilhar.
 
Pôde perceber que não foi posto em questão
Solidão, vergonha, infidelidade, falsidade.
Visto por quem não quer aceitar o real
Até ao ponto que as palavras não encontram partida
Tão pouco seu destino.
 
Falei sobre o meu amor
Tantas vezes desestimulado
Cobrado para após sofrer
Como na presença do teu querer
Ao seu ver como você não está
 
Tive a opção de me calar.
(R.Carlos)

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Em Vão

E quando sinto o coração derrapar
Decepcionado e sem amor
Levai o rumo frente ao desastre
Então escolho o caminho ruim.

Vendo a vida fragmentar junto ao soprar do vento
Não quero notar o esvair do vívido
Junto a fé do tornar dos grãos de areia
Na pele que um dia foi capaz de sentir

Escoando pelas mãos
Nem a gratuita solidão anima
A janela permite a entrada do vento frio
Distraindo o coração do árduo
E espero que o congele.

Não crer nem esperar
Ou depositar tanto amor, mais do que tenho
Desnutro assim meu espírito da paixão.


(R.Carlos)

domingo, 5 de outubro de 2014

Ela, Meu Encanto IV

Quarta-feira 14 agosto de 2013
 
Eis o dia do grande encontro, no shopping popular daquela região, estava nervoso e nem lembrava mais da timidez.
 
Terminado as tarefas no trabalho me liguei de tratar e me encaminhar ao local, esperei alguns poucos minutos, meu coração pulsava como um tufão a levar uma pequena cidade.

No momento a conversa foi fria por parte dela, me sentia com um urso polar no polo norte, sozinho, porém poderia ser devido ao ar condicionado com a temperatura baixa. As aproximações fracassadas, a parte densa daquela princesa tomaram conta do estabelecimento da sua mão eu aproximar para o vir de trovões em forma de palavras, gestos em minha pele o constrangimento prevaleceu.

Mal imagina ela como aquilo foi péssimo, mas ainda assim dei mais uma chance chegando próximo da rosa cheio de espinhos. Já que nada estava indo como planejado, do doce beijo que fui buscar congelado por seu lado verdadeiro.

O amor escondido desde então.
 
(R.Carlos)

domingo, 31 de agosto de 2014

Ela, Meu Encanto III


Segunda 12 de agosto de 2013

                Essa manhã foi diferente das outras, o corpo parecia estar renovado, o caminho que rotineiramente tomava estava mais curto, porém, como todos os outros dias pude desfrutar dos detalhes que por muitos passa despercebido, muito além do vidro do ônibus com seu horário marcado para chegar ao seu destino.

                Durante aquele dia não passava nada mais do que você em minha memória, revestida por seus detalhes em um ponto aquém do que os olhos podem ver, o platônico tornando-se real e o desejo já explodia por minhas veias.

                No entardecer do dia 12 tive a oportunidade de detalhar mais a cor dos olhos castanhos teus. Não via nada além de nós, conversa, poema, olhares e meu beijo roubado. Ele revogado aos seus pedidos, não podia ir sem tocar em seus lábios.
                ...E levar um pedaço seu.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Viagem Sem Volta


Hoje decidi sentir o gosto da morte
Lamento ela ser acompanhada de sofrimento
Mas, para tudo tem seu preço.
Mesmo que por poucos segundos.
 
Poder descobrir como a alma se desprende de sua casa
Ou se simplesmente se apaga como uma luz ao sair de casa e fechar a porta
Essa que nunca mais vai se abrir e vai distanciar, sem volta.
E então calar eternamente.
 
É pena que não terá como descrever ou retomar seu caminho.
Talvez chegar tão próximo sem tocar como uma supernova
Incandescente luz com seu fim já escrito
O ponto como assim o espera.
 
Sem propósito para explicar
Somente a curiosidade de ter o contato
Nos olhos o desafio e desperdiçar da vida
O designo do astuto insípido do eu, esse ser.
 
(R.Carlos)

domingo, 24 de agosto de 2014

Ela, Meu Encanto II


Domingo 11 de Agosto de 2013

A noite passada e a madrugada do novo dia foram regadas de dissertação e trovadorismo, dois curiosos varando a madrugada no mundo virtual daquela noite de lua cheia, comum para essa época do ano.

Naquele chat palavras que passou a se tornar um histórico texto de amor pernoitou durante um longo momento, naquele o único, o cansaço daquele dia de trabalho não incomodava, e o convite descobriu nos tatos da minha tela a ânsia de emitir aquela mensagem, uma como o portal ao seu coração que podia ser aceito ou negado.

Por ventura o sim obviamente deu entrada ao sorriso claro ao meu interior e exterior, dali o longo encontro começou.
 
(R.Carlos)

domingo, 17 de agosto de 2014

Ela, Meu Encanto


Sábado 10 de agosto 2013

Nesse dia, pouco próximo ás 20hrs, obtive ‘o meu contato imediato’, onde por meio de prontuários e diversos casos arquivados amontoados aquela mesa tornou a encantar o destino do eu interior, tive a surpresa e sorte de desfrutar da sua presença, a que tomou toda a atenção disfarçada em um falso foco naquele estreito espaço, mudando ao mesmo tempo aquele momento monótono de mais um dia comum hospitalar.

As poucas palavras tímidas emitidas do meu ser naquele breve momento dourado, no qual o tempo foi suficiente para o leve contato de duas almas agônicas, tomando do encontro a provar do contraste da companhia minha e tua.

Nesse instante em que tentei por vezes tocar seu espírito através dos teus olhos por vezes impedido e bloqueado por seu querer, incansável o meu desejo persistiu em seu objetivo, sim, queria algo mais que um olá daquela noite.

...O futuro de um longo encontro nosso, o despertar do apeteço.
 
(R.Carlos)

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Você

"E um dia sua beleza chamou minha atenção, suas palavras o desejo, seu jeito curiosidade e tudo junto naquele mesmo segundo, o mesmo que meus olhos te tocou, que pôde despertar um amor intenso, permitindo abrir as portas do meu coração a convidando para partilhar da paixão, mostrando o inclinar da minha alma espelhado nesses mesmos olhos  meus..."
 
(R.Carlos)

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Hoje não

Nessa noite fria e chuvosa
Nenhuma outra cor toma o cinza do céu
Momento predileto ao ver da solidão
Essa faísca que estimula a brasa da coexistência

O solo que a gota molha de forma sagaz
Vem a observação que dela não há outra escolha
E seu ciclo assim segue.
 
Como o adiantar da passagem de um mortal
Esse que em momentos deseja ver
Sua casa diante dos olhos de sua alma.
 
Do alto de quem ainda vê o solo húmido
Vasculhando na memória do amor
Esse depositado em seu coração
Forçando-o a mudar de decisão.
Adiando assim o fim do pulsar
Que desapontado repousa em seu colchão.

(R.Carlos)

quarta-feira, 26 de março de 2014

Solidão

"O problema da solidão não é por estar só, mas sim das lembranças que a mente pode tramar para o aumentar da angústia"

quinta-feira, 13 de março de 2014

Vi não ouvi

Vivo, daquele que observa.
O que sofre e leva a dor
Quem pode resumir da sua causa
Como o diz até aqui onde chegou.

Vi a guerra, a raiva
A insatisfação e indiferença
O ódio, rancor
A ignorância e seu desprezo.

Tratar bem só por assim que seja
Retorna com o apedrejar do grosseiro
És a tu como leva do natural
Embarca sua ira junto a tua palavra

Vi o céu dessa noite com estrelas
A linha do amanhecer do vosso céu
O caminho cada vez mais próximo do teu lar
O sorriso de enfim poder chegar.

Então encontro com sua vontade
Agora pouco com a paixão já usada
Não percebe que sem a importância acaba
Assim esgotando a cada dia que passa.

Não ouvi o perdão
Nem seu "te amo"
Tanto o "te adoro" mais sincero
Tão pouco o desejo de querer

Eis que nem todo sol a rosa floresce
Como um dia possa ser o amor de quem o leva
Estações mudam assim como tu
E nem sempre vem pelo bem da sua pétala.

Tua infâmia é mais importante
Que o real fato do ser
Do que quis pronunciar da palavra
Bloqueados por seus espasmos de ódio
Nublando assim o seu falso caráter.

(R.Carlos)

quarta-feira, 5 de março de 2014

Deixarei


Então se um dia chegar ao fim
Sua vontade nem chegar perto do mínimo
Daí meu amor intacto não conseguir te achar
Bloqueado por você.

Se acabar
Apenas poucas palavras serão emitidas
As mesmas que costumavam acalmar seu coração
Sincero sentimento traduzido em palavras.

A deixarei ir
Sem lágrimas ou arrependimentos
Apenas a saudade cravada no peito
O amor que foi para você, encaminhado
Não pôde ser visto por sua alma.

Sem esforço
A sua presença já era óbvia
Nas lentes de quem o merecesse
Mas não fará diferença não é mesmo?
As mãos estarão abertas
E a paixão fechará após seus passos deixarem meu saguão.
 
(R.Carlos)

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Limiar


Nesse amanhecer que cobre de luz os mortais
Adentra o lar com uma presença e uma falta
Domando e levando mais um dia nas deixas do desconforto
O desejo do ser comum, o mesmo revestido pelo fulgor
Eu como esse que leva a paixão junto a saudade
Sem temor, nasce o amor do coração
Onde mostro com o mais gestos que palavras
Ao amar a você minha vida...

(R.Carlos)

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Sentido

"E desperto com mais saudade amor. O desejo a você mais d'alma como o carnal sem código ou segredo, saborear sua pétala junto ao broto do novo fruto. Tu que surge a meu ser apaixonado, quem a repara  dos seus detalhes até o destino do seu ser. Que conforta de forma tão formosa e esplêndida como contraste de cores no céu."

(R.Carlos)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Vida

Quero viver intensamente
Com o amor, como você entrou na minha vida
Nele mostro meus exageros minuciosos
E conquistar o seu junto ao brotar do dia
 
Como uma bela melodia ao fundo escuro desse andar
Mais alto que o silêncio, o suficiente para tomar conta
Em vertigens me pego diante de mais uma tentativa
E o vejo bem diferente como o calmar das folhas
 
Por todo ele abalado e reposto em trapos
Remendado mas ainda assim entrego por inteiro
Serve para um calor momentâneo dessas almas
As nossas envolvidas por que assim desejamos
 
Além do alcance
Assim mostrar as ruínas dessa paixão
O tão apaixonado toque da troca de sabores
Junto as nossas diferençar distantes do sonho de cada
Entorpeço em teu ombro pretendendo do mesmo.
 
Meu amor por você
Velejo por horas aproveitando seu destino
Tentando, buscando o que já encontrei
E repousar com palavras o que me vem do natural.

(R.Carlos)

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Pudor do Amar


“Amor,
Assim poderá o eu com o tom,
Onde habito e emitir através deste o deslumbrante.
O dito sentir como o sexto para o corpo,
Sem decair ao opróbrio.
Vejo sua luz como exuberante
E o admiro sem permissão.
A arte inigualável do amar, como o meu a você.
Vívido sem pudor de o aquecer.”


(R.Carlos)