sexta-feira, 11 de julho de 2014

Hoje não

Nessa noite fria e chuvosa
Nenhuma outra cor toma o cinza do céu
Momento predileto ao ver da solidão
Essa faísca que estimula a brasa da coexistência

O solo que a gota molha de forma sagaz
Vem a observação que dela não há outra escolha
E seu ciclo assim segue.
 
Como o adiantar da passagem de um mortal
Esse que em momentos deseja ver
Sua casa diante dos olhos de sua alma.
 
Do alto de quem ainda vê o solo húmido
Vasculhando na memória do amor
Esse depositado em seu coração
Forçando-o a mudar de decisão.
Adiando assim o fim do pulsar
Que desapontado repousa em seu colchão.

(R.Carlos)

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