quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Melhor ou Pior

Vou esconder meu amor de você.
Prefiro o sofrer precoce
Desses que consome toda a minha paciência
Tira meu sono, e quando o vêm rasga meus sonhos
Em uma doce ilusão meu devaneio destruído.
 
Como não o mereço.
Assim como tento achar.
Trancado na prisão das palavras não ditas
Essas imaginadas não expressadas.
 
O pior, ou melhor, assim posso sentir.
De alguma forma conforto-me nessa sensação mórbida
Esse que posso oferecer
Não retorna nem em falsas promessas
Frases feitas tortuosas ao infortuno
Meu espírito comodista.
 
Onde vai dar essa represália?
Até o fim.
Acho que vou desistir.
 
Errei a melodia
O tom perfeito da nota, cor, aroma.
Exagero esse ao deparo com afeição
Sem medo de enfrentar
E assim se foi à esperança
Como meu apeteço.
(R.Carlos)

domingo, 18 de novembro de 2012

Deslustrar do Amor

Mais uma noite fria e chuvosa
A neblina vai domando as ruas
Torna algo calmo
Como a brisa invadindo o campo.
 
Tão natural para uma noite de novembro
A melodia das gotas tocando o solo
Ecoando por esse andar vazio
Apenas um o escuta
Vigia.
 
Lá fora o céu está cinza
Mal dá para observar com o deslustrar
Como o ermo sofrido
Dos menos afortunados de abrigo
Ou suave parecer do mesmo.
 
Aquece com o a lágrima
Que pouco a pouco acomoda o torno da face
Por um breve momento entende
E torna a tomar os sentidos dos dedos
Embebendo do infausto.
 
O digno de menção
Agradável à vista tua
Derramado sobre a alma
Vedando corpo da fortuna
Graciosa vontade do convém.
 
Deixado, descuidado.
Inflo o espirito da pouca chama
A faísca que sobrou desse deslumbrante temporal
Não desfalecer do que poderá suceder
Realizar a certeza como amanhecer o amor.
(R.Carlos)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Gaveta

Quem dera poder mover,
Aliciar para o tardio,
Há quem diga que dorme,
Quem sabe pode ser diferente.
 
Isso no meu utópico.
Retirar o meu amor e o guardar em uma gaveta.
Tranca-lo sem propósito aparente.
 
Não faria sentido o mesmo sem nada.
Difícil desenvolver para dádiva,
Por tal motivo não pode ser a um qualquer.
O amor duradouro.
Sem limite de vida.
(R.Carlos)

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Chuva #2

Junto ao cinza dessa noite chuvosa
Triste para os amantes,
Luz ao fundo das ruas vazias
Regadas pelas águas de junho.
 
Ao toque solitário do violão
No escuro desse tempo sem luar
O caminho longo a percorrer nesse curto espaço
Limiar da morte desse amor.
 
Nutrindo o que o coração enche pelo contrário
E mais um erro definitivo peculiar reservo
O salgar na face que desce
Junto ao toque doce da nota.
 
Desejos recentes, do sentimento antigo.
Dos não alcançados.
Discutido há anos o que seria certo.
Ainda a de sofrer, aflige.
O tom das letras criadas pelo ermo da vazia paixão.
(R.Carlos)

domingo, 6 de maio de 2012

Mais Próximo

Mais próximo
Possibilidade para poucos
Uma verdade em sua tão simples amostra
Tanto para conhecer com sua convivência

Pode ser breve com as palavras
Gestos do seu corpo fazem flutuar
De qualquer forma é incrível
Esse brilho que poucos percebem.

Pena.
Sentimento é insuficiente para sua conquista
Quem dera eu pudesse apenas caminhar
E chegar tão longe para tocar seus sonhos
Tornar parte dele.

Escrevo para um alguem inexistente
Textos de amor esperando por um nome
Mas por enquanto está longe.
Como a lua esta noite
E aumento meu desejo.

(R.Carlos)

domingo, 4 de março de 2012

Alto

Somente quero viver os melhores sonhos
Como a vez que podia voar
Que viveria sem limites
Ou que podia não me preocupar tanto.

Assim como não ter medo
De ser feliz
De errar
E melhorar o caminho até aqui.

E das melhores memórias
Nada foi tão maravilhoso quanto aquela noite
Cheia de estrelas no céu
E a lua com teu tão elevado esplendor.

Sem contar com o amor.
Poder olhar todos os dias nos seus olhos
Mostrar e viver da forma mais intensa
Ah meu bem sua pele
Não faz ideia como noites assim confortam.

Meu sonho,
Ser feliz sem logo após por nenhum motivo entristecer
Porém, no que estaria mais que satisfeito.
De tudo o que mais almejo
Elevar de uma forma incrível, tão alto como as nuvens.
É o seu amor.
(R.Carlos)

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Todo Amor

E assim queria te dar o meu amor
Obtendo de volta sua companhia
Não queria a imaginação
Somente o real do que poderia acontecer
Não preciso do feliz para sempre
Daqui poderíamos dar conta
A se você aceitasse meu amor.

Mais que toque nos lábios
Ou simples paixão de verão
Algo que os corpos não conhecem
O que poderíamos conhecer?
Não há medo ou suspeito
Não existe platônico
Ou despedida ao acordar
Mostrar o mais belo caminho
Além do que as palavras possam deixar.

A se você aceitasse meu amor
Não pensaria duas vezes
Diferente dos dias que passam
Levo palavras precisas
Mas do tanto que tu entendes
O que não acredita pela razão
Uma melodia que toca sua alma
Posso mostrar algo tão bom
Com todo meu amor.
(R.Carlos)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Diferente

Frente à nostalgia
E aqui sinto falta de tudo o que passou
Momentos em que até então não faziam diferença
Cravados e vindo a tona de algum modo.

São lembranças de um amor
Da tarde em que somente observava o dia
De diversas pessoas e seus caminhos diferentes
Tentativas frustrantes rumo a um sentido.

Uma noite desperdiçada por vontade própria.
O quão incoerente fui naquele momento
Como poderia ser diferente por uma escolha
Poderia ser diferente se não tivesse acontecido.

Não posso parar, não para.
Continua até o ponto final.
E assim ela torna a invadir minha mente
Complicada e apta a memórias marcantes.

O melhor, o pior.
Na silenciosa escolha discreta
Às vezes pouco pensada.
Estrago a sua paixão
Amargo o meu amor.
(R.Carlos)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Lua #12

Você já viu como está a lua lá fora?
Espiando na janela
Dando vida a este quarto escuro, sombrio.
Variando a solidão mórbida.

Tornou-se raro escondendo sua evidente beleza.
Desse ponto de luz que mostra seu caminho
Distração a outros propósitos
Cegando do teu esplendor.

Está mais próxima
Longe para meu alcance.
Alimenta o meu amor
E esqueço minha vontade.

Resta ficar e olhar
Observar sem poder tocar
Levar longe o prazer platônico
Esse que me faz sonhar.
(R.Carlos)