sábado, 30 de outubro de 2010

Mais Alto

Quando sonho sou guiado para um outro mundo
Várias e várias vezes.
No amanhecer luto para continuar dormindo
Porque não quero deixar o conforto desse lugar.
Porque existe um desejo ardente, uma ânsia de escapar
Da vida que vivo quando estou acordado.

Então vamos lá
Vamos fazer nossa fuga
Venha, vamos perguntar se podemos ficar.

Você pode me levar mais alto?
Para um lugar onde os cegos vêem?

Apesar disso gostaria que nosso mundo mudasse.
Isso me ajuda a apreciar
Aquelas noites e aqueles sonhos.
Mas, sacrificaria todas aquelas noites
Se pudesse fazer da Terra e dos meus sonhos os mesmos.
A única diferença é,
Deixar o amor substituir todo o nosso ódio.

Então vamos lá
Vamos fazer nossa fuga.
Venha, vamos perguntar se podemos ficar.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Minha Própria Prisão

A paz dessa tarde, do ‘presente’.
Ultimamente não tem sido “tempos fáceis”
Mas a força de vontade o quer tornar assim
Tão simples e com fortes marcas.


Acontecimentos ruins têm tomado conta da minha reflexão
Algo de como em conta tem consumido boa parte do tempo
O querer deixar e ver tudo quebrar ao redor
Como se fosse ficar mais contente por um breve momento.


Mas, a brisa tomou uma segurança.
A qual só me fez sentir sua vida
Observar as nuvens carregadas
Cobrindo todo de cinza o azul que ali era para estar.
De certa forma saudou o fim do dia.


Falta, saudades não sei do quê.
A realidade tem agarrado boa parte da imaginação
Invadindo e se espalhando
Esgotando toda a vontade
Talvez não o queira mais.


Experimentei o pessimismo ao ultimo tom da pele
Não é tão agradável, assusta, porém é plausível.
O quanto é insano e preserva ao mesmo tempo
Não é saudável, algo como retrocesso.
Diminui a permissão do tentar.


Minha própria prisão
Braços abertos para boas vindas
Algum brilho de oportunidade
Sem esperança de retorno
Bagunçando os sentimentos.
(R.Carlos)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Platônico

Cheiro de terra molhada
Tempo fresco
E o brindar dos talheres
Tomam conta desse tempo paralelo

Olhos fixos, distante.
Pensamento o acompanha.
Dando o prazer de lembrar
De todos os seus detalhes.

O corpo por sua vez
Libera o vapor do desejo
Expondo a saudade
De um amor que nunca aconteceu
Do meu beijo como o seu nunca tocado.

Meu bem se você imaginasse
A quantidade de palavras que não são capazes
De levar à tradução.
Não passa do platônico
Que altruísmo o meu.

Minha vontade...
Qual a sua?
Se fosse marcas
Escracharia por toda a carne
Junto a cicatrizes e sangue.

Suave.
E ainda dou o luxo de tão pouco
Não há a vontade de esperar por tanto
Ao mínimo uma atenção
Ponto tão alto a alimentar, encher.
Um retorno, do sonho.
Da presença, de você.
(R.Carlos)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Temporal

Fim de tarde com chuva forte
Preparo-me para mais um cenário
A peça principal ‘A nostalgia’
No decorrer do temporal.

Esse que paralisou tantas outras vezes
Ficava a observar com uma grande expectativa
Torcendo para não acabar tão cedo
Levando, lavando todo o sofrimento e alegria.
Para novas realizações.

Do mesmo que faz lembrar nós dois
Humanos ao matar de desejos
Realizados montando história
Agarrados e talvez prontos para sonhar
A ponto de passos a mais.

Então retorno de mais uma visita ao passado
Guardo as principais peças.
De como foi bom. Porém não esperei o final.
Um fim sem aconchego e de tristeza
Deixando o tempo levar os vestígios
A carregar essa antiga melodia.
(R.Carlos)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

E quando...

O para sempre
Se por acaso não durar tanto.
O que foi tão importante
E simplesmente se for.

Onde se aconchegar
Ou até então a quem se entregar?
Ao acabar só resta lágrimas?
A falta acalenta por sua vez.

E quando o amor acaba?
E se acaba, para onde fugir?
Talvez sofrimento ou satisfação.
Diferente do fogo do momento.
É difícil de esquecer
Ou somente não se deixa lembrar?
Estará lá de alguma forma.

Um cheiro, uma musica.
Um lugar ou um momento
Algo que toque levemente o coração
Talvez como o brilhar de uma estrela
Em sua natural fase, escasseia.
Em seu ultimo tom e se perde
Como uma bela melodia no ar.

(R.Carlos)

sábado, 9 de outubro de 2010

Procura-se

Onde andam os cupidos?
Os poetas caem nos lamentos
Sonhos vazam sem vir de encontro à realeza
As memórias caem no esquecimento
E o que resta são poemas.

Para muitos não passam de desconhecidos
Somente histórias ou contos
De algo que não existe ou que nunca aconteceu
Os quais são meus apeteço
Até então os considero irreais.

Talvez anjos do amor
Que se encontrava em textos
Abstiveram por vontade
Ou presenteiam a escolhidos
Então o sal em gota rola
E amarga a terra castigada.

E ainda a procura mesmo que singelo
Talvez tope diante da paixão
Não quero estar disperso, cego
A ponto de não conseguir notar o encanto
A presença que possa mudar a vida inteira.

(R.Carlos)