terça-feira, 19 de outubro de 2010

Platônico

Cheiro de terra molhada
Tempo fresco
E o brindar dos talheres
Tomam conta desse tempo paralelo

Olhos fixos, distante.
Pensamento o acompanha.
Dando o prazer de lembrar
De todos os seus detalhes.

O corpo por sua vez
Libera o vapor do desejo
Expondo a saudade
De um amor que nunca aconteceu
Do meu beijo como o seu nunca tocado.

Meu bem se você imaginasse
A quantidade de palavras que não são capazes
De levar à tradução.
Não passa do platônico
Que altruísmo o meu.

Minha vontade...
Qual a sua?
Se fosse marcas
Escracharia por toda a carne
Junto a cicatrizes e sangue.

Suave.
E ainda dou o luxo de tão pouco
Não há a vontade de esperar por tanto
Ao mínimo uma atenção
Ponto tão alto a alimentar, encher.
Um retorno, do sonho.
Da presença, de você.
(R.Carlos)

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