A folha em branco que posso confiar.
Uma falsa história de amor?
Ou uma vontade louca de obtê-lo?
Mais uma bela noite de lua cheia
E a mente vai a mil, perdida em seu teatro.
Tomando seus dons
Dando vida aos seus gestos, cheiro, presença.
Sendo que nunca os teve ou observou.
Imaginação, às vezes a acho forçada.
Montando cada parte e tornando perfeito para mim
Não pode ser assim
Não tenho o direito de desenhar sentimentos seus.
Então me lembro do merecer
Do tanto das chances que até hoje escapam
Está sendo pedir demais ao menos a companhia
Lagrimas nem ousam a salgar a frustação.
A morte é clamada.
Da carne devorada por sua própria defesa
Provando do sofrimento e do frio em fim dominando
Da tamanha desconfiança tanto depositada.
Assim levo o amor que sinto por você.
O que não é possível de se sentir
Desse que não tem nem como descrever.
Uma beleza combinada e a ti confiada
O que então não passarão apenas por lembranças
De uma alma comum e perdida.
(R.Carlos)
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